segunda-feira, novembro 28, 2005

a espera de um toque


Brinco de acariciar o fruto proibido de uma vida e imagino poemas e vozes que se repetem. Imagino ínfimos momentos. Imagino insignificâncias e nanalidade de terças-feiras. Imagino a aproximação crescente. Imagino a ilusão que desperta a fome que está prestes a ser saciada. Depois do primeiro toque, liberto luas e acendo dois sois, um em cada mão. Seculares vontades do olhar libertam-se e nada encontro à minha volta além de suas perddidas sobre as minhas. Sim, não estou mais só. Tenho-me a mim e um doce sabor de carinho na boca, entre os dentes imaturos que, outrora, acariciaram ventos e abriram mar.
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